Um dia...

vou reler os livros que já li, procurar os que não conheço e ler as últimas linhas. E depois vou conhecê-los.
Vou voltar a cantar à chuva e conseguir bater os pés no ar como o Gene Kelly (e o Hélder Beja).
Vou tocar violino e dançar qualquer coisa, ouvir sorrisos e sentir gargalhadas. Vou continuar a aplaudir de pé. E vou rir. Por tudo e por nada. Mais pelo nada, que o tudo vai fartando.
Vou perder o vício de mexer nas orelhas e numa delas pregar um piercing.
Um dia vou ganhar coragem. Vou dizer mais vezes o que penso, vou ser mais racional, calar-me mais vezes e dizer outras tantas: Gosto. Vou ser menos racional.
Vou ter mais paciência, falar menos, controlar as vertigens e os impulsos e abraçar mais.

Um dia hei-de por a mochila às costas, ter uma cartola e queimar fitas. Vou vestir aquele vestido e vou fazer-te esperar. MUITO!
Vou encher o passaporte de carimbos, coleccionar copos, bilhetes, botões e fotografias. Um dia vou ter passaporte. Vou coleccionar vidas na minha e encher a caixinha, a vermelha e a de cartão.

Hoje será sempre o dia.

"Aproveitem a vida!" "Apreciem cada momento!" "Não deixem nada por dizer, nada por fazer!"

António Feio, 1954-2010
Até sempre!

Descobertas de fim-de-semana

Afinal, dos homens que com a idade melhoram, não se pode dizer que sejam como o Vinho do Porto, que esse(s) deve(m) ser consumido(s) logo após a aquisição.
Dos ditos, para quem a impiedosa idade é generosa, o ditado é outro:
"Os homens são como o Vinho do Porto VINTAGE: melhoram com a idade".
Esse sim, é de elite... e raro! ;)

(Quase tanto quanto uma mulher que fascina outra pela maneira como fala de vinhos)

E a culpa é do calor, pois claro!

"A mim até me revolta o fígado"

Dizia uma senhora a outra rua acima e falavam das elevadas temperaturas que por estes dias nos têm feito desejar andar envoltos em cubos de gelo. ( e pedir ao Altíssimo que nos mantenha o fígado longe dos ideais revolucionários)

Dos que a Morte não leva

Conheci Saramago há pouco tempo.
Conheci-lhe os dizeres, digo. A pessoa, tirou-me hoje Deus a aspiração de o conseguir.
Conheci por impulso, apaixonei-me às primeiras palavras e decidi: é amor para toda a vida!
E amor para toda a vida, já se sabe: Não morre!

Gosto de génios. Mais do que gosto, admiro e invejo.
José Saramago era assim. Ou pelo menos foi-o nas palavras que lhe conheci. Pela arte da escrita, sem dúvida, mas acima de tudo, pelo que por ele conheci de nós.

"Acho que todos nós devemos repensar o que andamos aqui a fazer. Bom é que nos divirtamos, que vamos à praia, à festa, ao futebol, esta vida são dois dias, quem vier atrás que feche a porta – mas se não nos decidirmos a olhar o mundo gravemente, com olhos severos e avaliadores, o mais certo é termos apenas um dia para viver, o mais certo é deixarmos a porta aberta para um vazio infinito de morte, escuridão e malogro."

in "Deste Mundo e do Outro"


Saramago morreu só por birra.
Há-de estar neste momento frente-a-frente com Deus e um dia há-de dizer-nos: o que pergunta um ateu a Deus.

É ver-me fazer ouvidos moucos

Eu bem me aviso.
O problema é que não me ligo nenhuma.

Ao Sr. Sindicato das Crianças

Para quando uma Manif, daquelas memo GRANDES, para reivindicar o direito de ser criança a vida toda?
Quanto mais não seja, direito por usufruto, não?

Vá lá...

Descoberta de 5ª à noite

Cinco dias úteis numa semana parece-me coisinha a mais...

Apetecia-me...

um livro.
um filme.
uma conversa, talvez só um sorriso, uma boa gargalhada.
era um café com natas ou então um cappucino. Se calhar um gelado.
chocolate.
uma música, um obrigado, uma frase...com aspas. "a frase".
o silêncio do sossego e (o) olhar (de bo)a noite.
encostar no peito.
e adormecer, Até amanhã*

Bom e Recomenda-se!

Chama-se Gosto Superior e, na minha opinião, é tão superior que quase chega a ser divino.
Mora por bandas de Braga e conquista pelo espaço, pela comida e claro está, pela simpatia dos funcionários (deixam-me ser fala-barato e ainda entram na onda).
Mas sem dúvida que a Tarte de Maçã...
Ai a Tarte de Maça!!!

Edu, tu tinhas mesmo razão! ;)

Das coisas que fazem (TÃO) bem!

Cruzei-me hoje com este piqueno por bandas Fnaquianas. Lembrei-me no mesmo instante das repetidas análises que na escola fazíamos àquela que (imagino eu) é a frase mais conhecida da dita obra: "O Essencial é invisível aos olhos". E sorri. Mais pela lembrança do que pelo significado.

Depois foi aquele lugar onde maldissemos (e vivemos) o término da primeira das aventuras além fronteiras e nuvens. E há aquela imagem, há a mensagem. Chega o "Adoro-te". Sorri. Mais pelo valor do que pela palavra.

Pesa o sono e o cansaço, cresce a irritabilidade, e na volta... o sorriso. Mais pelo significado.
Acima de tudo pela saudade:

"On ne voit bien qu'avec le coeur. L'essentiel est invisible pour les yeux"

Ganhei o dia. E a vida, com a tua amizade.

Obrigada* :)

Publicidade da Original

Veio ter-me às mãos hoje de manhã e a curiosidade de saber o porquê de tantos dizeres alterou-me o hábito: comecei a ler o jornal pela 1ª página.

Valeu a pena! ;)

Estados (parecidos com os de alma V)

Às vezes era só desaparecer uns instantinhos para lado nenhum. E depois esperar pela Primavera e voltar.


Espero...

Coisas que ainda não consegui perceber porque acontecem (ou não)

Vagueará por bandas desta minha Lua alguém que saiba a razão que leva:

a) Uma quantidade significativa de utilizadores do metro do Porto a instalarem-se confortavelmente no lado esquerdo das escadas rolantes das estações quando, aos pés das mesmas, se encontram os seguintes dizeres em letrinhas amarelas de tamanho considerável:

"Facilite a passagem. Encoste à direita p.f.
"

Ahhhhhhhhhhhh!
Deve ser pelo prazer de ir subindo e ao olhar para baixo ver um montão de gente que, por exigências dos ponteiros do relógio que teimam em não parar quietos, tenta ganhar uns segundinhos em troca de uns "com licença", "desculpe", "deixa-me passar, faxabor?"

b) E já agora, aproveitando o embalo, alguém saberá porque é que o senhor Rui Nabeiro não tem uma alma iluminada no seu círculo de colaboradores que lhe faça ver que é preciso uma Delta Coffee Shop na rua de Sta Catarina?
Assim a Li deixava de praguejar de cada vez que desembolsa 0,75€ por uma espécie de água tingida de preto com sabor a coisa muito queimada, vulgo (pelo menos no entendimento dos senhores dos estabelecimentos) café.

E parece-me que para já, é só!
Obrigada.

Desnaturada!

É o que é esta menina.

Já por aqui se viveram dois anos e eu não me dignei a assinalar a data quando de direito...
Vale-me o meu blogue saber que não é defeito, é feitio: sou mesmo despistada.
E eu lá me redimo com os Parabéns pelos dois-anos-e-uma-dezena-de-dias.
É mais fixe, não é? Toda a gente comemora os anos, na minha Lua eu festejo os anos + os dias (e à dezena!).

E se por estas bandas já se disse, escreveu e sentiu muita coisa, há uma coisa que o tempo não muda e a distância não há-de separar. E não podia mesmo ser de outra maneira:


"We always be together" :)

Das coisas que me chateiam: esta!

Tenho um pequeno problema de proporções consideráveis com um certo flagelo da humanidade denominado MA-CHIS-MO.
Não sou de radicalismos, por isso não me vou por aqui a praguejar contra a dita "doutrina", menos ainda contra os seus seguidores (sou da opinião que toda a gente tem direito às suas convicções. Até os desprovidos de... "todas funções mentais que têm por objecto o conhecimento"), mas tenho de informar publicamente os senhores da Super Bock que perderam uma admiradora confessa da sua pérola negra.
Não porque a dita tenha perdido qualidades de consistência, sabor ou feitio, mas só porque me apetece protestar contra esta preciosidade que exalta a supra mencionada ausência de funções mentais úteis: em primeira instância das almas que conceberam o anúncio e depois das que permitiram que o mesmo visse a luz dos media.



Aos ditos senhores da Super Bock, só mesmo uma observaçãozinha de mulher-que-não-curte-machismo-menos-ainda-desrespeito: é deplorável, triste mesmo!, que uma marca com tanto peso no mercado, promova a imagem da mulher como serviçal e objecto de prazer do senhor homem.
Só falta mesmo colocarem em letrinhas pequenas no final do anúncio:
'Abuse com moderação!'

Ah. Só para que conste, também há mulheres que gostam de cerveja. Se calhar era giro fazer publicidade direccionada para todos. E decente, já agora!

Como gastar 4, 25€ mal gastos e ainda dar cabo de um fetiche de estimação

É só ver esta maravilha:

E espernear de sofrimento a cada vislumbre do sr. Clooney exibindo um bigodinho pavoroso, um corte de cabelo assustador e, qual cereja no topo do bolo, vulgo golpe de misericórdia, o sr. seu rabo desfilando ...desprovido de indumentária.

É muito mau, acreditem!

Agora mesmo:

Eu queria forrar as paredes do meu quarto com fotografias. Com muitas fotografias de muitas vidas e vivências.
Depois havia de abrir o armário e encontrar um pacote de bolachinhas carregadinhas de chocolate e mergulhá-las em chá de cidreira quente. Bem quente, a queimar!
Havia de ler uma boa frase e querer estampá-la numa t-shirt. E querer vesti-la muitas vezes. "Tenho em mim todos os sonhos do mundo"
Depois era ir do sofá para a cama e não ter de arrumar nada que pelo caminho teima em mostrar desarrumação. Era não ter de imaginar porque raio não funciona o cobertor: "oh não! A cama está fria!"
Era ainda, sentir aquele abraço, ouvir daquelas gargalhadas e adormecer naquele beijo.
Pois era...

Amanhã mesmo:
Ser outra vez primavera!

..."Quem as não tem?"
























É certo que no (meu) tempo em que os namoros se desenhavam pelo x no quadradrinho num pedacinho de papel rasgado das últimas páginas do caderno, não nos ocorria na escrita (ou no engenho) usar argumentos tão...capazes, chamemos-lhes!

Lá que a miúda tem estaleca, lá isso tem!
"Queres, queres! Não queres há-de haver quem queira! E quem perde és tu!!!"
É bem!

Hoje

Eu teria gostado de pagar 10€ para comer uma coisa de aspecto muito estranho, com um sabor a fugir para o intragável e no fim ainda ficar cheiinha de fome.
Teria gostado de voltar àquele lugar onde, entre Tapas e Cañas, corremos o mundo.

Sabes aquele aperto de que costumas falar?
É saudade!

"Mudam-se os tempos"...

E, pelos vistos, as mesadas também...
No tempo em que eu tinha 13 anos, a moda era ter cem escudos por dia. Mas isso era só porque ir de limunise para a escola e ter uma estilista pessoal era coisa muito demodé...