Das pessoas

Às vezes canso-me das pessoas. Das pessoas que estão mesmo aqui ao lado. Deste lado onde estiveram a (minha) vida toda. Se calhar é mesmo por isso que me canso.
Não me canso, desiludo.

Não devia ser assim. Os heróis que aprendemos a admirar na infância não deviam deixar de o ser. Heróis e admirados.
No outro dia mudei de canal porque os Power Rangers me estavam a irritar.
Os mesmos Rangers que me faziam saltar da cama ao sábado às 8h e me deixavam especada, quase embutida na televisão, à força de aprender tudinho o que fosse preciso para depois, quando fosse Ranger rosa, também dar coça nos monstrinhos maus.
Agora estão diferentes. Afinal não lutam. Encenam. Fazem de conta que dão pontapés e porrada nos tais monstrinhos que afinal são só pessoas com fatos de muito mau gosto.
Não há super-poderes. São só pessoas, afinal!

Mas se calhar é mesmo assim.
Eu também nunca cheguei a ser a Ranger rosa.

2 comentários:

Mistious disse...

Eu era a amarela. Era já uma previsão para aquela que viria a ser a minha cor de eleição, como sabes.

Mas era só no pátio da escola. Também nunca cheguei a ser Ranger. E comungo contigo quando dizes que o que nos parecia ser em crianças, hoje não o é mais. Foi assim com os Power Rangers e é assim com as nossas vidas.

Restam-nos os pouquíssimos amigos.
Beijinhos,
CReis

Isa disse...

Eu nm no pátio da escola. Tinha de manter a minha identidade secreta... ;)
Haja alegria. Td o rsto s leva na onda! :)
(C/amigos, tá que-laro!)