Estados (parecidos com os de alma III)

Estou aqui. Aqui onde estive quatro anos. E não sinto que o tenha estado.
As ruas não me parecem as mesmas, faltam ali as árvores, está ali um prédio novo, aquela loja fechou e aquele café está diferente. Mais...pró! E parece que já não sei onde fica o quê nem como para lá se vai. Até a entrada do shopping não é do mesmo lado (obras. outra vez!). As caras que por mim passam não são familiares, não há "olás" e sorrisos (mesmo que de cortesia) e até a máquina do café se vendeu a outras conversas que não as nossas.

Acho que nunca fui daqui. Não gostei de vir cá parar. Mas habituei-me. Aqui vivi muito do que sou agora, conheci partes de mim, daquelas que se levam para a vida toda. :D
Ri muito, cantei, apanhei chuva e valentes secas e às vezes desatinei, cai, desanimei e lá me fui aguentando.
Saí daqui para trocar "Os Vês pelos Bês". Finalmente!

Saí há tão pouco tempo e já tão pouco de mim aqui resta...

4 comentários:

Anónimo disse...

Aiiiiii....quem me dera poder dizer também "saí daqui há tão pouco"...

Acho que tou mesmo condenada a ficar por cá. E Deus queira que este "por cá", seja esse onde já nãda de ti resta; e não propriamente este fim de mundo e desolo de onde escrevo este desabafo...

Isa disse...

Mete na cabeça k vais vir parar a esta banda daqui ;)
Um dia...Um dia ainda pomos a mochila às costas! :D

cristina disse...

As memórias são o eterno rascunho do passado, que constantemente procuramos pôr em dia... Ainda que inconscientemente. Ainda que um dia esse passado se mostre fugaz e incerto e, quiçá, irrelevante. Mas as marcas, essas ficam para sempre.

Isa disse...

E eu tenho uma, dessas k ficam p/smp e onde tdas as outras lá moram...
"um universo de afectos tatuado no pulso" :)