Dá que pensar (?)

Ontem à noite estive quase três horas dentro de uma sala de cinema a ver este senhor.
Só não me permito dizer que está excelente por não ter paciência para filmes demasiado longos.
Apesar dos pesares, honra seja feita à personagem que me violentou a estabilidade psíquica com os requintes de malvadez dos seus crimes: Coringa, Joker para os inimigos mais chegados. Uma interpretação excepcional de Heath Ledger (lamentavelmente, a última).
Não sou muito fã de filmes de super heróis e coisas que tais. Demasiado irreais. No entanto, neste, o irreal é equilibrado com coisinhas muito interessantes que nos levam a repensar a lista de coisas que nos dizemos incapazes de fazer.
Até onde nos pode levar o desespero? Pode a dor de perder quem amamos fazer de nós vilões? A mentira pode ser mais benéfica que a verdade? Matar para não morrer é egoísmo?
Afinal, o que dita a natureza humana quando:
Dois barcos, completamente lotados - um com criminosos do pior e outro com civis inocentes - armadilhados, com hora para explodir e sem possibilidade de voltar ao cais. Aos passageiros de cada embarcação é dado um detonador que faz explodir o outro barco. Se até à meia noite nenhum dos dois accionar o detonador, explodem os dois...

É ficção, é certo, mas há quem defenda que é da realidade que ela nasce...
«Ou se morre como herói, ou se vive o bastante para se tornar vilão»
Será?

2 comentários:

Anónimo disse...

O velho "dilema do prisioneiro". Dá que pensar, dá sim senhor.

Marly

1/2Kg de Broa disse...

Ui, isso dá-me tanto a volta ao miolo...